sexta-feira, 17 de agosto de 2012


O filósofo é uma pessoa que está acima das paixões, dos acidentes da vida, é um incrédulo, um livre-pensador, vive meio afastado da sociedade e é indiferente às coisas do mundo, é praticamente um ser excêntrico, está mais próximo do saber e da ciência.


A figura do filósofo tem a sua importância, ele reflete sobre todas as coisas cotidianas e essenciais. A Filosofia data  do século IV A.C., surgiu na Grécia Antiga, como uma atividade especial do homem sábio, o amigo do saber (filo + sophia = amor à sabedoria).


Desde então inúmeras foram as tentativas de definir exatamente o que procura e o que faz um filósofo. Apesar do reconhecimento, as opiniões são imprecisas e divergentes em relação a determinar qual a sua verdadeira ciência. Aristóteles, discípulo de Platão e fundador do Liceu, uma escola voltada para o saber e a ciência que ele instalou em Atenas no mesmo século IV A.C., fez uma das mais claras exposições sobre as qualidades da filosofia.





"Não tenha medo dos inimigos; o pior que podem fazer é matar-te. Não tenha medo dos amigos; o pior que podem fazer é trair-te. Tenha medo dos indiferentes: Eles não matam nem traem; mas, é somente por causa de suas silenciosas permissões que traições e assassinatos existem na Terra."
(Bruno Yasienski)

sábado, 11 de agosto de 2012

"Todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esquecem-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa."
(Karl Marx)

sábado, 4 de agosto de 2012

Fora da Terra. — Um dia, logo após deitar-me, tive um sonho: Vi apartar-me de meu corpo, repousante sobre a cama, e seguir para o alto, rumo a direções que desconhecia; porém, à medida que as luzes da cidade se apequenavam e esta se tornava cada vez menor, tudo se divisou mais claramente à razão, quando pude contemplar a Terra à distância, em todo seu esplendor, na quietude do trevoso e imensurável espaço.

         Ao perceber que o planeta tornara-se minúsculo ponto em todo o oceano sideral, ingressei em algo semelhado a nuvens, brancas nuvens, dentro das quais a visão se embaciou, até o momento em que delas saí e pude isto admirar, embevecido: Em um lugar onde tudo verdejava, e corria livre e límpida a água e descia suavemente a brisa, animais e homens, antes temidos uns por outros — aqueles, porque tidos pelos homens por ferozes e selvagens; estes, por sua própria natureza aniquiladora —, caminhavam juntos e  pacíficos, e não havia guerra, e o carinho entre ambos prevalecia. Constituído de campos onde crianças corriam e brincavam despreocupadamente, e em sob cujas árvores se regalava quem nelas buscava sombra e descanso, esse local ainda hoje não sei nomear — mas tudo indicava ser algo além de um paraíso que sempre alimentou o imaginário humano.

         Repentinamente, postado em minha direita, chamou-me a atenção um ser alto, muito alto, creio uma presença masculina, cuja face não posso afirmar saber distinguir, trajado de maneira uniformemente prateada; gentilmente, pôs termo à visita e pediu-me, solícito, em vista de chegada a hora de regressar à Terra, indicando-me o caminho, penetrasse o interior de pequeno objeto metálico, semelhante a uma aeronave, de apenas um assento, a fim de possibilitar-me a descida. E assim fiz. Iniciado o percurso, todo o trajeto, antes de certo modo delongado, pareceu-me decorrido tão rapidamente que mal pude avistar a Terra, e já estava junto do teto de meu quarto, sobre meu corpo e, num átimo, dentro dele, ao que acordei, de súbito, arfante e exasperado...

Santos, 04/08/2012
Ivan Pereira Santos Junior


sábado, 21 de julho de 2012

Loucos e Santos 

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

sexta-feira, 13 de julho de 2012



Sexta-Feira 13: por dentro do significado na Ordem Demolay.
Dentre os vários significados dados à data "Sexta-feira 13" na história, passando da Mitologia Nórdica até a Mitologia Monoteísta Católica, temos um aspecto histórico relevante. 
Na história é relatado que em 13 de Outubro de 1307, uma sexta-feira, a Ordem dos Cavaleiros Templários foi declarada oficialmente ilegal pelo rei Filipe IV, o Belo, de França e, desse modo, o "Estado" francês outorgava autorização a Igreja Católica para perseguir os membros da Ordem.
Na noite desse mesmo dia, Jaques DeMolay e seus companheiros templários foram capturados em Paris e foram lançados nas masmorras por um homem de confiança do rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret.
Durante sete anos, Jacques DeMolay e os cavaleiros aprisionados foram torturados e viveram em condições subumanas. Enquanto isso, Filipe IV trabalhava arduamente nos bastidores para o Papa Clemente V, antes apoiador da Ordem dos Templários, para condenar os Cavaleiros.
Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e entregues ao "Estado francês".
Após três julgamentos, Jacques DeMolay continuou sendo leal para com seus amigos e cavaleiros. Ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, e recusou-se a denunciar seus companheiros. Em 18 de março de 1314, foi levado à Corte Especial. Como evidências, a Corte dependia de confissões forjadas, supostamente assinadas por Demolay. Desmentiu, então, as mesmas confissões. Sob as leis da época, a pena por desmentir uma confissão era a morte. Ele foi julgado pelo Papa Clemente V, e assim como Jacques DeMolay, outro cavaleiro, Guy d'Auvergne, desmentiu sua confissão e ambos foram condenados.
O rei Felipe, o Belo, ordenou que ambos fossem queimados naquele mesmo dia, e deste modo a história de Jacques DeMolay se tornou um testemunho de lealdade e companheirismo. DeMolay veio a falecer aos seus 70 anos de idade no dia 18 de março de 1314.
Enquanto queimava na fogueira, Jacques Demolay rogou uma praga contra o Papa Clemente V e contra o Rei Felipe, o Belo. Estranhamente, ambos morreram de causas estranhas, pouco depois do herói-mártir.
Este é um dos mitos, portanto, por trás da sexta-feira 13...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Vita brevis, ars longa, occasio praeceps, experimentum periculosum, iudicium difficile"
Hipócrates, arquiteto e médico grego


Em tradução livre do latim: "A vida é breve, a arte é longa,
a oportunidade passageira, a experiência enganosa,
e o julgamento difícil."

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tempos para cá, tenho-me dedicado à filosofia, cada vez mais, com maior interesse e intensidade, escrevendo, praticamente, a todo momento, dia e noite; e se, de alguma corrente me faço seguidor, credito a Nietzsche e sua escola de guerra da vida — que, pelo contrário, a promove acima de tudo  —  minha incipiente vocação. Foi ele um dos primeiros que não fundou escola, mas cujo pensamento deu azo à chamada filosofia da vida, a mais proveitosa dentre todas as propostas.
Definir num primeiro momento o que é filosofia compreende seu objeto: O saber. Assim, segundo os antigos gregos, filos = amigo; o ente amoroso; e sofia = saber. Filósofo, pois, o "amigo do saber"; impende colocar, entretanto, que filosofia não se ensina, mas sim seu "modus", o "como filosofar", visão defendida por Kant.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


‎"Os espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam." (Allan Kardec)




Torcer para um time, comemorar suas conquistas, expressar, enfim, alegria em praça pública... isso é legítimo, caracteriza a prática de um dos princípios basilares de um Estado Democrático de Direito: A livre manifestação do pensamento. Entretanto, a verificação disso, como de qualquer fato a que concorra ação do homem, depende do respeito a outro princípio: O de respeito à dignidade humana, de que se deriva a liberdade individual, limitada diante da liberdade alheia. Qualquer excesso de um agente, no tocante à sua liberdade, passa a configurar violação ao ordenamento jurídico e a direito alheio.
Se é para celebrar a vitória do Corinthians, vá lá... Agora, atos de vandalismo? Libertinagem? Vadiagem? Depredações? Dano a patrimônio público? Embriaguez preordenada, a fim de cometer ações deletérias? Isso não é torcer - é banditismo! (IPSJ)
Um dos motivos para cultivar grandes amizades durante anos credito a isto: No caso de corinthianos, abstraio seus defeitos e relevo apenas virtudes!

quarta-feira, 4 de julho de 2012